O que é incontinência urinária?
A incontinência urinária é vazamento de urina que você não pode controlar. Muitos homens e mulheres sofrem de incontinência urinária. Não sabemos ao certo exatamente quantos. Isso porque muitas pessoas não contam a ninguém sobre seus sintomas. Eles podem ser constrangido, ou eles podem pensar que nada pode ser feito. Então, eles sofrem em silêncio.
A incontinência urinária não é apenas um problema médico. Ela pode afetar a vida emocional, psicológico e social. Muitas pessoas que têm incontinência urinária têm medo de fazer as atividades diárias normais. Eles não querem ser demasiado longe de um banheiro. A incontinência urinária pode impedir as pessoas de gozar a vida.
Muitas pessoas pensam que a incontinência urinária é apenas parte do processo de envelhecimento. Mas isso não é verdade . E ele pode ser gerenciado ou tratados
.
Fale com o seu médico. E descubra qual é o melhor tratamento para você.
Principais estatísticas
De um quarto a um terço dos homens e das mulheres sofrem de incontinência urinária. Isso significa que milhões de brasileiros . Cerca de 8 milhões têm bexiga hiperativa representando sintomas de urgência, frequência e com ou sem incontinência de urgência.
Estudos mostram que muitas coisas aumentam o risco. Por exemplo, o envelhecimento está ligada a incontinência urinária. Gravidez, parto e número de filhos aumentar o risco em mulheres. As mulheres que tiveram um bebê têm maiores taxas de incontinência urinária. O risco aumenta conforme o número de crianças. Isto é verdade para cesariana e parto vaginal.
As mulheres que desenvolvem incontinência urinária, enquanto são mais propensos a tê-lo depois de grávida. Mulheres após a menopausa (cujos períodos menstruais pararam) podem desenvolver incontinência urinária. Isto pode ser devido à queda de estrogénio (hormonio sexual feminino). Tomar estrogênio, no entanto, não tem sido mostrado para ajudar a incontinência urinária.
Homens que têm problemas de próstata também estão em maior risco. Alguns medicamentos estão ligados a incontinência urinária e alguns medicamentos torná-lo pior. As estatísticas mostram que a má saúde geral também aumenta o risco. Diabetes, acidente vascular cerebral, hipertensão arterial e tabagismo também estão ligados.
A obesidade aumenta o risco de incontinência urinária. Perder peso pode melhorar a função da bexiga e diminuir os sintomas de incontinência urinária.
O que acontece normalmente?
O cérebro faz a função de controle da bexiga. A bexiga armazena a urina até que esteja pronto para esvaziá-las. Os músculos na parte inferior da pelve segura a bexiga no lugar. Normalmente, o músculo liso da bexiga é relaxado .Isto mantém a urina na bexiga. Os músculos do esfíncter estão fechados ao redor da uretra. A uretra é o tubo que transporta a urina para fora do corpo. Quando os músculos do esfíncter mantem a uretra fechada, para que urina não vaze.
Quando estiver pronto para urinar, o cérebro envia um sinal para a bexiga. Em seguida, o contrato músculos da bexiga. Isso força a urina através da uretra, o tubo que transporta a urina do corpo. Os esfíncteres abrem quando a bexiga se contrai.
Quais são os tipos de incontinência urinária?
A incontinência urinária não é uma doença. É um sintoma de muitas condições. As causas podem ser diferentes para homens e mulheres. Mas não é hereditária. E não é apenas uma parte normal do envelhecimento. Estes são os quatro tipos de incontinência urinária:
Incontinência de esforço – Pode ser devida à fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga ou à fraqueza ou lesão do esfíncter uretral. Nesta circunstância pode ocorrer vazamento de urina quando você faz qualquer atividade que força o abdômen, como tossir, espirrar, dar risada, carregar peso ou até mesmo andar. Algumas pacientes vão com muita frequência ao banheiro para manter a bexiga sempre vazia e diminuir a chance de acidentes. Muitas evitam exercícios físicos com o mesmo objetivo. A maioria permanece seca à noite, mas podem molhar-se ao levantarem para ir ao banheiro.
A incontinência de esforço ocorre frequentemente em mulheres com fraqueza dos músculos do assoalho pélvico e frequentemente pode haver prolapso da bexiga, útero ou intestino ("bexiga caída"). É mais frequente em mulheres que tiveram partos vaginais, embora possa ocorrer também em mulheres que tiveram seus filhos por cesariana e até mesmo em mulheres que nunca tiveram filhos.
Em homens, a incontinência de esforço é geralmente causada por cirurgias ou traumatismos da próstata e uretra.
Urge-incontinência – Resulta quando a bexiga contrai-se sem a sua vontade e por isso também recebe o nome de bexiga hiperativa. Você pode ter a sensação de que precisa correr para o banheiro, mas muitas vezes não consegue chegar a tempo de evitar o escape de urina. Por vezes pode perder urina sem que haja nenhum sinal antes. Algumas pacientes vão ao banheiro com intervalos muito curtos e acordam várias vezes durante o sono para esvaziar a bexiga.
A bexiga pode tornar-se hiperativa devido a uma infecção que inflame a sua superfície interna. Os nervos que normalmente controlam a bexiga também podem ser responsáveis pela hiperatividade vesical. Pacientes com doenças neurológicas frequentemente apresentam incontinência urinária como resultado da perda do controle normal sobre os nervos da bexiga. Em muitos casos, entretanto, a causa pode ser indeterminada.
Incontinência mista – Corresponde à combinação dos dois tipos de incontinência descritos acima (de esforço e urge-incontinência).
Incontinência por fístula urinária – A fístula urinária é uma comunicação anômala entre um órgão do trato urinário (geralmente a bexiga, mas podendo também envolver os ureteres) e a vagina (raramente a comunicação pode ser com a uretra, útero ou intestino). Estas comunicações anômalas são geralmente resultado de um procedimento cirúrgico prévio, processos inflamatórios, traumatismos ou irradiação. A incontinência geralmente é contínua e muito severa, pois a paciente permanece com gotejamento contínuo de urina. A investigação destes casos requer exames de imagem e endoscópicos e a correção geralmente requer cirurgia.
Incontinência urinária e distúrbios da micção após cirurgias ginecológicas e outras – Pacientes com incontinência urinária e outros distúrbios da micção que procuram um urologista para tratamento frequentemente já foram submetidas a algum tipo de cirurgia pélvica ou ginecológica. Na maior parte das vezes estas cirurgias prévias não têm qualquer relação com os sintomas atuais. Por vezes, entretanto, estas cirurgias podem contribuir para os sintomas atuais e até mesmo ser responsáveis por eles. Cirurgias para retirada de tumores ginecológicos podem afetar a integridade dos nervos que vão para a bexiga e propiciar um distúrbio no controle voluntário da mesma. Outras cirurgias podem afetar a integridade do esfíncter uretral, enfraquecendo-o e facilitando a perda de urina. As fístulas urinárias também podem ser resultantes de cirurgias ginecológicas. A radioterapia pélvica também pode exercer efeitos semelhantes sobre a bexiga e o esfíncter até anos após a sua realização. Mesmo cirurgias para correção de incontinência urinária podem agravar os sintomas de algumas pacientes, com piora da intensidade das perdas ou com o aparecimento de dificuldade para urinar após a cirurgia.
Incontinência por transbordamento – Ocorre quando a bexiga fica tão cheia que chega a transbordar. Pode ser causada pelo enfraquecimento do músculo da bexiga ou pela obstrução à saída de urina. O aumento da próstata pode resultar nesta obstrução. Por esta razão, este tipo de incontinência é mais frequente em homens. Enfraquecimento do músculo da bexiga pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, mas ocorre principalmente em pacientes com diabetes, etilistas crônicos e alguns tipos de distúrbios neurológicos.
Incontinência ambiental ou funcional – Ocorre quando a pessoa não consegue chegar ao banheiro ou não tem acesso a um urinol quando precisa. Nestes casos, embora o sistema urinário funcione bem, limitações físicas, mentais ou outras circunstâncias impedem que a pessoa utilize normalmente o banheiro.
Enurese noturna – É a incontinência que ocorre durante o sono. O exemplo mais típico é o da criança que faz xixi na cama. Embora a maioria das crianças já tenha aprendido a controlar a micção em torno dos três aos quatro anos de idade, considera-se normal que algumas crianças ainda urinem na cama até os cinco ou seis anos.
Alguns indivíduos podem ter duas ou mais causas de incontinência. Nestes casos, as causas devem ser estudadas e determinadas para que se estabeleça um plano adequado de tratamento.
Exames para diagnóstico da incontinência
O primeiro passo na investigação da incontinência urinária é procurar um médico e informá-lo sobre sua história médica e a forma como os sintomas afetam sua vida. Para isto, é importante você informar:
-
Todos os medicamentos que está usando atualmente.
-
Datas e resultados de todos os exames e cirurgias por que você passou que estejam relacionados à bexiga.
-
Hábitos de micção (criando um diário miccional).
Dependendo do tipo e das causas possíveis da sua incontinência, alguns dos exames descritos a seguir poderão ser solicitados pelo seu médico para ajudar a diagnosticar com precisão a causa da incontinência e permitir a elaboração de um plano de tratamento apropriado.
-
Exame de urina – Você será solicitado a colher uma amostra de urina que será examinada para pesquisar a presença de infecção, sangue e outras anormalidades.
-
Medida do resíduo miccional – Este exame é realizado para saber se alguma quantidade de urina sobra na bexiga após a pessoa terminar de urinar. Isto pode ser feito através da inserção de um tubo flexível de plástico fino (chamado cateter) pela uretra até a bexiga para esvaziá-la completamente. Outro método que pode ser utilizado é a medição com aparelho de ultrassom.
-
Ultrassom – Pode avaliar o tamanho, a forma e outras características dos rins, da próstata e da bexiga.
-
Cistoscopia – Consiste na inserção de um aparelho ótico fino através da uretra até a bexiga (ilustração). Permite ao urologista avaliar as características internas da uretra e da bexiga.
-
Teste de esforço – Com a bexiga parcialmente cheia, você é solicitada a tossir, ficar em pé, fazer força na barriga ou outras atividades para determinar se as mesmas causam perda de urina e com que intensidade.
-
Exame urodinâmico – Avalia as funções da bexiga e do esfíncter. Usando diferentes modalidades de investigação, o examinador estuda a sensibilidade de sua bexiga, a sua capacidade de armazenar urina e a eficiência com que ela se esvazia. Pode-se determinar ainda se a bexiga está obstruída e se o esfíncter está enfraquecido. Os resultados deste exame muitas vezes são importantes para orientar sobre a necessidade ou não de uma cirurgia.
Se o seu médico solicitar algum destes ou outros exames ele poderá lhe descrever com detalhes como eles são feitos e quais os seus objetivos.